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terça-feira, 3 de setembro de 2013

A PIADA E A REALIDADE




















Tem uma piada antiga, do tempo da ditadura militar, que aborda a possibilidades de poderosos irem para na prisão. Consta que o general-presidente estava atendendo os seus ministros, um após outro. Estava num daqueles dias e, mal humorado, negava todas as reivindicações feitas. O ministro da educação solicitou mais verbas e o general-presidente negou, por falta de verba. Com o ministro da saúde, a mesma negativa e o mesmo motivo: falta de verbas. Negou os pedidos dos ministros militares: falta de verbas. Sabedor das negativas, o ministro da Justiça entrou ressabiado e ciente de que a sua reivindicação, por mais verbas para a reforma do sistema penitenciário, seria sumariamente negada. Qual a sua surpresa, quando o enfezado general concorda... e vai mais além, sugerindo outras tantas melhorias no sistema prisional: ar-condicionado nas celas, televisão individual para cada preso, comida produzida diretamente da cozinha do Copacabana Palace, etc. Não entendendo a coisa o ministro pergunta.

– Não entendi, senhor presidente. Os outros ministros fizeram os seus pleitos e o senhor negou por falta de verbas. Entretanto, o meu pedido, que não é tão emergencial, é atendido com sobras e acréscimos?

Ao que o general-presidente responde:

– Você acha que quando a gente sair do poder, nós vamos ficar aonde?



No dia de hoje, encontramos notícias veiculadas na mídia, dando conta de que o sistema prisional do Distrito Federal passará por reformas. Entre outros penduricalhos, a meta reformista é abrir 600 vagas no Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Segundo o Subsecretário do Sistema Penitenciário do DF, a reforma objetiva separar os presos notórios da ralé carcerária, mas isso atende a uma motivação de segurança, pois, segundo ele, um preso com fama pode vir a ser vítima e mesmo suscitar rebeliões.

Fazendo coro com o sentimento das ruas, o ministro do Supremo, Marco Aurélio Mello, criticou a iniciativa, entendendo que não existem motivos para tratamento diferenciado, em função de cargo ou poder. Entende ele (e a Constituição) que um tratamento igualitário deve ser aplicado a todos.

A desconfiança que paira é que as tais reformas visam, de imediato, atender os futuros presos oriundos do julgamento do mensalão. Sendo ou não verdade, o que sabemos é que as reformas serão efetuadas, apesar de sabermos que a Unidade Prisional da Papuda já é uma das melhores do país e que nela, o deputado Natan Donadon está hospedado numa cela privilegiada e que não tem contato algum com os demais detentos.

Marcelo Cavalcante

5 comentários:

  1. É um abuso atrás do outro. Então devemos entender que crime cometido por Zé ninguém tem uma espécie de punição e crime cometido por um ordinário político é digno de regalias. Esse governo não merece sequer chegar ao fim do mandato. Tenho saudades das manifestações que mandaram Collor de Melo de volta para bem longe de dono dos nossos destinos.
    Abraços

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  2. Isto se houver alguma punição, estou achando que vai acabar tudo em pizza, absurdo, este povo tem internet , tv e tudo quanto é tipo de regalias, vou te falar, essa corja de sem vergonha, não é fácil não amiga Lùcia, forte abraço querida.

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  3. Olá Cris.
    Boa tarde.
    É amiga ainda tem muita coisa para mudar nesse Pais.
    Muito grata por sua visita e comentário.
    Bjs
    Lúcia

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  4. kkk curti o inicio da piada

    http://bncanal.blogspot.com

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  5. Ainda não acredito que os tais mensaleiros irão presos , e se for será por tempo mínimo
    http://blogandooblog.com

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