Total de visualizações de página

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Aroma de Uma Vida - Luciene Lima - "AINDA HÁ TEMPO"


























Ainda Há Tempo

Pare e reflita.
Em tempo, raciocina,
pergunte-se:
Ainda Há Tempo

Pare e reflita.
Em tempo, raciocina,
pergunte-se:
O que fazes da vida?
Quantos minutos vivestes?
Pare e reflita.
Nesse período, tu crescestes?
Responde pra si mesmo,
o que tu construístes?
Conte nos dedos,
quantos tu consolastes?
Pare e reflita,
tu já amastes alguém?
A quem?
Pense!
A quem amou?
Ainda há tempo.
Então, pare e reflita.
Enquanto respiras,
aproveite a oportunidade do recomeço.


O Aroma de Uma Vida – Cap. VI – Um Passeio, uma Festa


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Rubi Nell Bridges-primeira criança negra a ir para a escola, com o fim da política de segregação racial nos EUA

                                                                    

                                                                                                      
                                                                                                                                                                                                                                                                          
  Rubi Nell Bridges nasceu em Tylertown, Mississippi em 1954, o mesmo ano em que o marco Brown v. Board of Education decisão. Seus avós eram meeiros, mas como muitas pessoas em áreas rurais, a família de Rubi mudou-se para New Orleans em busca de melhores oportunidades. Seu pai trabalhava como atendente de posto de gasolina e sua mãe tomou trabalho noturno para ajudar a sustentar a família. Eles viviam na parte da frente de uma grande casa de cômodos na França Rua no bairro Florida. Como o resto do Alto Ninth Ward, a área de Florida era predominantemente da classe trabalhadora. Enquanto brancos e negros viviam no bairro, os moradores foram segregados por bloco. É claro que as escolas foram segregados bem; embora o Ruby viveu apenas cinco quarteirões do William Frantz Elementary, ela tinha que andar muito mais longe para assistir Johnson Lockett, a escola reservada para estudantes afro-americanos.
No momento em que o Ruby entrou jardim de infância, a cinco anos se passaram desde a decisão Brown, mas a maioria dos estados do Sul não tinha feito nada para cumprir o mandato para integrar as escolas. Pelo contrário, a maioria dos governos estaduais e locais ativamente envolvidos em uma campanha de resistência enorme para evitar a implementação de Brown.Em outros estados do Sul, os governadores tinham fechado as escolas ao invés de integrá-los.Uma pesquisa divulgada em 1960 constatou que uma ligeira maioria dos pais em Orleans Parish favorecida mantendo escolas dos públicos abertos em caso de integração. Estudantes afro-americanos representaram 60% da população escola pública, e seus pais integração apoiaram maciçamente. Pais brancos, por outro lado, opõe fortemente desagregação; 12.229 pais brancos pesquisados ​​votaram para o encerramento, enquanto apenas 2.707 votaram em desagregação. A paróquia Conselho Escolar Orleans anunciou que só iria considerar as opiniões dos pais brancos.
Sob ordem do Tribunal Distrital dos EUA, no entanto, a diretoria da escola acabou por ser forçado a cumprir integração token.
A legislatura Louisiana mostrou sua resistência à ordem judicial, mantendo várias sessões especiais e passar toda uma série de leis repressivas: bloqueando o dinheiro dos impostos para as escolas integradas, bloqueando salários para professores de escolas integradas, abolindo os conselhos escolares ou fechar as escolas por ordem de desagregação, etc . O único membro do Legislativo estadual, que votou contra cada uma dessas leis racistas era Maurice "Moon" Landrieu. Os tribunais federais governou todas as leis inconstitucionais.
"O único membro do Legislativo estadual, que votou contra cada uma dessas leis racistas era Maurice" Moon "Landrieu. Os tribunais federais governou todas as leis inconstitucionais. "
Enquanto 137 alunos da primeira série aplicadas à junta de freguesia Escola Orleans para transferir para uma escola integrada, apenas um punhado de meninas foram selecionados após uma bateria de testes e investigações de fundo. A lei colocação aluno do cartão utilizado foi intencionalmente projetado para eliminar a maioria dos candidatos, na tentativa de limitar a extensão de desagregação. O pai de Ruby estava preocupado com as possíveis repercussões de desafiar o status quo, mas sua mãe, eventualmente, o convenceu de que os riscos valiam os benefícios para a sua própria filha e para todas as crianças.
Em 14 de novembro de 1960, três alunos foram para McDonogh No. 19, e um estudante, Ruby Bridges, foi sozinho para William Frantz Elementary. Até à manhã designado, a localização dos sítios de escolas não tinham sido libertados. Ambas as escolas foram localizados no Ninth Ward, uma área com pouca influência política. Sob a escolta de policiais federais, Ruby cavalgou para William Frantz Fundamental e entrou no prédio da escola sob sua proteção. Durante todo o dia, os pais brancos irritados retiraram seus filhos da escola como Ruby e sua mãe esperou no escritório da frente. No final do primeiro dia de escola, a multidão fora de William Frantz era maior e mais forte do que tinha sido na manhã em que a notícia da presença propagação do Ruby.
No dia seguinte, o Conselho dos cidadãos brancos realizaram uma reunião no Auditório Municipal com a presença de mais de 5.000 pessoas. Os líderes da reunião convocada para protestos e boicotes de resistir integração. Em 16 de novembro, multidões marcharam até o prédio gritando diretoria da escola, "Dois, quatro, seis, oito, não queremos integrar." O prefeito, DeLesseps Morrison, foi à televisão naquela noite para instar o fim da violência, mas ele também anunciou que o Departamento de Polícia de Nova Orleans não foi cumprir a ordem do tribunal federal para a integração escolar. Os motins eclodiram após o anúncio, e várias pessoas ficaram feridas. A polícia prendeu 250 pessoas, mas quase nenhum dos manifestantes brancos foram presos.
Todas as manhãs, um grupo de quarenta ou mais mulheres, conhecidos como os "líderes de torcida", gritou obscenos, ameaças racistas no Ruby quando ela entrou Frantz Elementary. Rubi recebeu instruções de forma isolada a partir de sua professora, a senhora Barbara Henry.Mesmo para usar o banheiro, ela teve que ser escoltado pelos marechais, e Ruby almoçou sozinho na sala de aula todos os dias.
A mídia nacional cobriu a crise da escola extensivamente, e ao longo do tempo os líderes empresariais começaram a se preocupar com o impacto econômico sobre a cidade.Eventualmente, muitas das elites de Nova Orleans, assinaram uma declaração de apoio à preservação da educação pública e obedecendo os tribunais federais. A declaração foi impressa no jornal uma semana antes da abertura da escola em setembro de 1961, um novo prefeito, Victor Schiro, também tinha sido nomeado pelo conselho municipal após o prefeito Morrison tomou uma posição como embaixador dos Estados Unidos. Prefeito Schiro se comprometeu a preservar a ordem, e ele atribuído sessenta policiais para cada escola integração de sofrimento.
O plano foi um sucesso e integração ocorreu sem grandes incidentes. Quando Rubi voltou a Frantz após as férias de verão, os manifestantes já não estavam esperando lá fora para perseguir ela. Sua segunda turma contava com mais de vinte outros alunos, e ela já não era a única criança Africano americano matriculado na escola. Dito isto, a integração simbólica consistia de apenas doze afro-americanos em seis escolas. A lei colocação aluno garantiu que apenas um punhado de estudantes afro-americanos seria fazê-lo através do processo de triagem usado para transferências. Eventualmente, a Freguesia Conselho Escolar Orleans foi forçado a revogar a lei colocação aluno e ampliar a integração para os graus superiores, mas eles o fizeram de forma lenta e relutantemente. Em 1964, dez anos após Brown, apenas 809 afro-americanos tinham entrado escolas antigamente brancas.
Rubi passou a terminar a escola de gramática em Frantz e para participar de um ensino médio integrado. Depois que seus pais se divorciaram, mãe de Ruby foi forçado a mudar com a família para fora de casa em França Rua e para o projeto de habitação nas proximidades da Flórida.Depois de terminar o colegial, Ruby queria ir para a faculdade, mas ela não tinha ninguém para guiá-la através do processo. Mais tarde, ela se tornou um agente de viagens, casado, e levantou quatro filhos.
No início de 1990, o irmão mais novo de Ruby, Milton, foi morto em um tiroteio relacionada com a droga. Embora o incidente foi traumático, ele despertou em Ruby uma consciência social sobre os problemas enfrentados por crianças e adultos em áreas urbanas. Em particular, ela começou a colocar suas experiências passadas em perspectiva. A luta pela integração escolar foi muito disputada, e representou um marco extremamente importante no Movimento pelos Direitos Civis. Infelizmente aqui em Nova Orleans, como em outras cidades em todo o país, a vitória foi de curta duração. No momento em que o Ruby começou a oferecer em sua alma mater, William Frantz, tinha muito que se tornam segregados novamente. O bairro ao redor da escola também tinha se deteriorado com o aumento das taxas de pobreza e criminalidade.
Inspirado por seu desejo de ajudar as crianças a alcançar os seus sonhos e esperanças, as pontes Fundação Rubi foi estabelecida. A fundação começou a dar pequenos passos para alcançar uma grande visão: dar aos filhos uma oportunidade igual para ter sucesso. Apropriadamente o trabalho começou às Frantz, onde a Fundação iniciou um programa pós-escola com aulas de artes multiculturais. Mais tarde, um programa chamado Pontes de Ruby foi desenvolvido para promover a compreensão cultural através de serviço comunitário.


FONTE: rubybridgesfoundation.org/

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Deus conhece - Marcolino Sampaio dos Santos

Deus conhece - Marcolino Sampaio dos Santos

Neste livro você vai conhecer esta história de milagre, cura, libertação e superação. Vai ver a Ressurreição e a Vida movendo-se de forma incontestável na vida de um homem simples, de futuro improvável, mas que veio a tornar-se alguém honrado, valente, curado e livre! Um homem cujas marcas do pecado e da maldade tentaram destruir, mas que hoje carrega a marca da Promessa, as marcas de Cristo.
Este é um relato contundente do que o Deus Eterno pode fazer, transformando maldição em benção, perdas e derrotas em um futuro de vitória e prosperidade.
É com alegria que recomendo esta leitura, sabedora de que histórias como estas podem ser a porta para um novo tempo, para mudanças lindas e verdadeiras debaixo da poderosa e favorável mão do Deus Eterno.
Que o Amado Deus Vivo abençoe muito você!!

Um acaso – Adalberto Sanson - Pelo espírito Rosário

Um acaso – Adalberto Sanson

Começa a sina. Em todos os momentos de sua vida, você enxerga o que pode ser mais conveniente no momento, mas se você não pode enxergar, fica à mercê de todas as suas expiações.
É duro, mas, como nada é impossível, vamos continuar a descrever essa passagem de nosso irmão, que precisa descrever tudo aquilo que passou para poder elevar seu estágio de espírito.
Gostaria que todos aqueles que lessem esse presságio, estejam aptos a participar dos dotes sagrados a que nos propusemos, quando na vida espiritual anterior.

INRI – Louco, Farsante ou Messias? – Henri Corsi

































INRI – Louco, Farsante ou Messias? – Henri Corsi

Inri Cristo é uma personalidade polêmica dos dias de hoje. Desde 1979 afirma ser a reencarnação viva de Jesus Cristo, o mesmo crucificado há dois mil anos.

Trata-se de um livro de cunho científico e sério, escrito com a imparcialidade inerente aos estudos acadêmicos

Escrito por Henri Cosi, psicólogo da Secretaria de Educação do GDF, especialista em Psicodiagnóstico. Além de analisar pessoalmente Inri Cristo por mais de um ano, utilizou a técnica de Rorschach, mundialmente reconhecida como complemento científico fidedigno em avaliações psicológicas profundas.

domingo, 28 de setembro de 2014

NAVALHAS E PUNHAIS 2
Marcelo Cavalcante & César Ceará

EU QUERIA NÃO QUERER
PODER VIVENCIAR
PERDER O DESPERTAR / DO HUMANO
NO PLANO DO PODER
TEMER TANTO QUERER
REVER O DNA/ NO PROFANO

E PROMOVER A GENTE / INDECENTE
DANOS COMERCIAIS
E BATER DE FRENTE / COM OS DEMENTES
DONOS DOS TRIBUNAIS

FUNCIONÁRIOS / CORISTAS
BANCÁRIOS / ARRIVISTAS
ALPINISTAS SOCIAIS

DESCACETADOS / ARTISTAS
MAGISTRADOS / AUTISTAS
MALABARISTAS OFICIAIS

FANTASIAS, CANDURAS MEDICINAIS
PRA MOSTRAR
QUE A TORTURA É NOITE ESCURA SUA JURA
A FERIDA TANTO CURA QUANTO DURA
E ATURA A SINECURA DOS TRIBUNAIS

QUANDO O RICO IMAGINAR
FAVELAS PRA MORAR / NEM LEMBRE
A JUSTIÇA A VADIAR
A LEI SEM UM LUGAR / NEM LEMBRE

E CANTAR REPENTES / SALIENTES
POR CONTA DOS RECITAIS
E FICAR CONTENTE / NO BATENTE
PENITENTES INFORMAIS

BANDOLEIROS / SACANAS
BICHEIROS / DOIDIVANAS
DOS VELHOS CARNAVAIS

IGREJAS / GUERRA SANTA
PELEJAS / SACRIPANTAS
(FEITOS) E EFEITOS COLATERAIS

PARCERIAS, PARENTES E COMENSAIS
PRA JULGAR
PELO PORRE / AGUARDENTE QUE SOCORRE
PELO POBRE INDIGENTE QUE NÃO CORRE
E QUE MORRE DE CONTENTE EM SEUS FUNERAIS


CONGRESSO DE CURRIOLA
CONFESSO, MELHOR IR EMBORA
JACU PRA CANTAR DEMORA

BEÓCIOS DO EMBROMA-ENROLA
PUNKS ENTRANDO DE SOLA
PARAÍBAS NA ESMOLA.

CRETINOS ABSOLVEM CULPADOS
SEUS DESTINOS POR UNS TROCADOS
DESATINOS FILOSOFAIS

MENINOS COMEM LUZ ESFOMEADOS
SÃO ARRIMOS NOS SEUS TRANÇADOS
VENDENDO BALAS NOS SINAIS

E COMO DIZ O VELHO DITADO
POVO ACOSTUMADO A SER GADO
NÃO CUMPRE OS (SEUS) IDEAIS

E AÍ, FAZER O QUÊ?
DORMIR, MORRER?


VOZES: Mano Ferreira, Giovanna Perasol, Ricardo Ciarlini, Rogério Rebello, César Ceará, Paulo Maia

GUITARRA; Léo Castro
VIOLÕES: Alexandre Guichard
CONTRABAIXOE BATERIA: EdsonTeixeira


https://www.youtube.com/watch?v=X_F5T9-b4O8

NAVALHAS E PUNHAIS - Música

NAVALHAS E PUNHAIS
Marcelo Cavalcante
César Ceará

quando o dia amanhecer
me lembre de te ver
gostosa na tv / me lembre
todo reino ensandecer
pra gente conhecer
a guerra em dvd / me lembre
de falar de fome / codinome / e coisas sociais
de dizer os nomes / ipsilones / desses boçais

calvários / muçulmanos
incendiários / carcamanos
americanos dos mísseis e missais
brasileiros / otários
pandeiros / romários
cucarachas e mundos desiguais

cantorias, navalhas e punhais
pra lembrar
que a vida é doce pra quem ganha
mesmo dia mesma manha
alegria de quem sonha / carnavais

eu podia recolher
latinhas pra vender / miséria
e queria conhecer
a moça que me vê / na mídia
e clamar por deuses / nos desertos / credos universais
e achar profetas / espertos / messias infernais

romeiros / hermanos
posseiros / enganos
mentiras ideais
maconheiros / paisanos
puteiros / tantos anos
perdidos em sonhos genitais

romarias, canalhas e tropicais
pra chorar
pelo riso, todo o povo que assanha
velho rio todo novo que nos banha
nessa luta, nessa sanha / de ocidentais

negócios da coca-cola
motoboys / chiclete de bola
vontade de cheirar cola
imbecis invadem angola
somos nós no jogo de bola
fugindo da escola
esses putos fodem o mundo
de marias e raimundos
em frios funerais
esses frutos tão cretinos
são tocar de sinos
hinos sobrenaturais.
esses lutos são os meninos
de goretes e severinos
em dores terminais
e aí / fazer o quê? / dormir? morrer?

Voz: César Ceará / Roberta Monção / Paulinho Português / Ricardo Ciarlini
Vocal: André Gonçalves
Guitarra: Gambá
Violão: César Ceará
Teclados: André Gonçalves
Baixo e bateria: Edson Teixeira
Arranjo: Edson Teixeira
Percussão: Zé Batera
Pandeirola: Bimbinho


https://www.youtube.com/watch?v=toUEimdivKg

NA ALCOVA

Formosa e diáfana visão de lenda,
Elsa, subindo o leito de escarlata,
o cortinado cerra, e a rir, desvenda
a alva nudez escultural e exata.

Antes que o fino laço se desprenda,
a loura coma em ondas se desata,
e a moça esconde em flóculos de renda
o régio corpo modelado em prata.

Doce perfume o colo lhe embalsama...
Abrindo as asas de rubi e lhama,
olha-a, entre flores, um cupido louro...

Cerra, afinal, as pálpebras de neve,
e o sonho desce, e estende, leve, leve,

sobre o leito o estrelado manto de ouro...


Zeferino Brazil

ZELOS

De leve, beijo as suas mãos pequenas,
alvas, de neve, e, logo, um doce, um breve,
fino rubor lhe tinge a face, apenas
de leve beijo as suas mãos de neve.

Ela vive entre lírios e açucenas,
e o vento a beija, e, corno o vento, deve
ser o meu beijo em suas mãos serenas,
— Tão leve o beijo, como o vento é leve.. .

Que essa divina flor, que é tão suave,
ama o que é leve, como um leve adejo
de vento ou como um garganteio de ave,

e já me basta, para meu tormento,
saber que o vento a beija, e que o meu beijo
nunca será tão leve como o vento.. .
FORMOSURA IDEAL


Esta visão que em sonhos me aparece,
e que, mesmo sonhando, me resiste,
por que foge, por que desaparece,
mal eu desperto, apaixonado e triste?

Por que, branca e formosa resplandece
como uma estrela, e a torturar-me insiste,
se é certo, - oh! dor cruel que me enlouquece!...
que ela somente no meu sonho existe?

Cheia de luz e de pureza e graça,
- alma de flor e coração de estrela -
ela, sorrindo, nos meus sonhos passa...

E sempre a mesma angústia dolorida:
branca e formosa dentro d´alma tê-la,
sem poder dar-lhe forma e dar-lhe vida!



 Zeferino Brazil

Zeferino Brazil - Príncipe dos poetas Rio Grandenses

Zeferino Antônio de Souza Brazil, filho de João Antonio de Souza e de Fausta Carolina de Souza, nasceu em 24 de abril de 1870, em Porto Grande, distrito ribeirinho de Taquari. Em 1879, mudou-se para a capital provincial do Rio Grande do Sul, onde exerceu diversas funções até ingressar, em 17 de agosto de 1889, através de concurso, no funcionalismo público, como oficial do Tesouro do Estado. Em 1890, conheceu Celina Ribeiro Totta, com quem se casou em 1891. Zeferino Brazil firmou-se como cronista, romancista, dramaturgo, crítico, mas a sua marca pessoal, como artista da palavra, foi a poesia, obtendo, por isso, o epíteto “Príncipe dos poetas rio-grandenses”, devido à sua expressiva e notória sensibilidade poética: “romancista de vastos recursos, prosador imaginoso e ágil, lidador da imprensa diária, humorista fino e mordaz, orador elegante e fluente, tudo isto Zeferino Brasil (sic) conseguiu ser! O Poeta, porém, constituía o feitio integral daquele espírito cheio de harmonias e de doçuras infindas!”, conforme Augusto de Carvalho. Colaborou com vários jornais usando, além do nome Zeferino Brazil, vários pseudônimos, dentre eles, conforme o próprio autor: Nilo Castanheira, João Simplício, Lúcifer, Til, João da Ega, Eça de Oliveira, Brás Patife Júnior, José dos Cantinhos, Zézinho, Tic, Tac e Diabo Coxo, no Jornal do Comércio; Eça de Oliveira, Diabo Coxo, Celino Délio, Vasco de Montarroyos, NC, Phoebus de Montalvão e Diávolo, no Correio do Povo; Luiz Deniz na primeira fase da Última Hora e na Gazeta do Comércio. Entre muitos livros publicados, encontram-se: Alegros e surdinas (versos dos 15 anos) – 1891, em Porto Alegre, pela Livraria Americana; Traços cor de rosa (verso) – 1892, em Porto Alegre, por Oficinas tipográficas do Jornal do Comércio. Comédia da Vida – 1896-1897, em Porto Alegre, pela Tipografia Jornal do Comércio; Juca, o letrado (estudo da psicologia mórbida) – 1900, em Porto Alegre, pela Tipografia do Correio do Povo; Vovó musa – 1903, em Porto Alegre, por Brasil Meridional; Visão do ópio – 1906, em Porto Alegre, por L. P. Barcellos & Cia. - Livraria do Globo; Torre de marfim – 1910, Porto Alegre, pelas Oficinas da Livraria do Globo; Comédia da vida. Versos alegres para gente triste. 2ª série. – 1914, Porto Alegre, pelas Oficinas tipográficas de Carlos Echenique...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Publique seu Livro


                                                                         
Você escreveu ou escreve textos que ficam na gaveta?
A hora é de transformá-los em livro e isto talvez seja mais fácil do que imagina.
Hoje em dia a publicação em pequenas tiragens a baixo preço é uma realidade. (A partir de 50 exemplares).
Envie o seu texto para uma pré-diagramação sem custos ou compromisso ou se preferir informe número de páginas em seus arquivos  word ou similar  a tiragem pretendida e enviaremos neste caso, um orçamento ESTIMATIVO baseado em suas informações. Nosso orçamento engloba todas as etapas necessárias para a publicação profissional de um livro.

OFERECEMOS:

Registro da Obra (ISBN)
Depósito legal (Biblioteca Nacional)
Revisão ortográfica
Diagramação
Arte de capa e capa
Arte final
Chancela
Divulgação / E-mailing
Produção gráfica.
 Qualquer dúvida entre em contato:editora@editora-amcguedes.com.br
Visite nosso site: www.editora-amcguedes.com.br

domingo, 18 de maio de 2014

A Melhor Maneira de Viajar é Sentir - Álvaro de Campos(Fernando Pessoa)

A Melhor Maneira de Viajar é Sentir Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.

Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.

Sursum corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito,

Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam

Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,

Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.

Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço
Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!
Mãe verde e florida todos os anos recente,
Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,
Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis
Num rito anterior a todas as significações,
Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales!
Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,
Grande voz acordando em cataratas e mares,
Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,
Em cio de vegetação e florescência rompendo
Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso
A tua própria vontade transtornadora e eterna!
Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,
Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,
Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,
Que perturba as próprias estações e confunde
Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!

Sursum corda! Reparo para ti e todo eu sou um hino!
Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima
Volteia serpenteando, ficando como um anel
Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,
Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.
Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente
Meu coração a ti aberto!
Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,
Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos,
Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre,

Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.

Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.

Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.

Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte...

Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.

Dentro de mim estão presos e atados ao chao
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,

A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.

Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

FELINA MULHER - Guilherme Azevedo

Felina Mulher Eu quisera depois das lutas acabadas,
na paz dos vegetais adormecer um dia
e nunca mais volver da santa letargia,
meu corpo dando pasto às plantas delicadas.

Seria belo ouvir nas moitas perfumadas,
enquanto a mesma seiva em mim também corria,
as sãs vegetações, em íntima harmonia,
aos troncos enlaçando as lívidas ossadas!

Ó beleza fatal que há tanto tempo gabo:
se eu volvesse depois feito em jasmins-do-cabo
– gentil metamorfose em que nesta hora penso –

tu, felina mulher, com garras de veludo,
havias de trazer meu espírito, contudo,
envolto muita vez nas dobras do teu lenço!

Guilherme de Azevedo, in 'Antologia Poética'

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Antoine de Saint Exupéry -




Antoine de Saint Exupéry (1900-1944) foi um escritor, ilustrador e piloto francês, conhecido pela autoria do livro “O Pequeno Príncipe”. Entre outras famosas frases, podemos destacar: “O essencial é invisível aos olhos”.

Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry nasceu em Lyon. Era o terceiro filho do conde Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe. Teve educação no colégio jesuíta Notre Dame de Saint Croix. Depois, estudou no colégio de maristas, em Friburgo, na Suíça. Entrou para o serviço militar na aviação depois de ter sido reprovado para a Escola Naval.

Tornou-se piloto civil e subtenente da reserva. Atuou também como piloto de linha. Foi cabo militar no sul de Marrocos, negociando com pilotos detidos nos acidentes ocorridos naquele local.

Antoine de Saint-Exupéry escreveu em jornais e revistas francesas. Assuntos como a guerra civil e a ocupação alemã da França foram temas recorrentes em seus textos.

Seu livro mais famoso é o “Pequeno Príncipe”, cuja obra é rica em simbolismo, com personagens como a serpente, a rosa, o adulto solitário, a raposa. O personagem principal do livro vivia sozinho num planeta pequeno, onde existiam três vulcões, dois ativos e um já extinto. Outro personagem representativo é a rosa, cujo orgulho, levou o pequeno príncipe a uma viagem pela terra. Na viagem, encontrou outros personagens que o levaram ao desvendamento do sentido da vida.

Antoine de Saint Exupéry morreu num acidente de avião, em 31 de julho de 1944, provavelmente, perto da baía de Carqueiranne, em Toulon. Seu corpo não foi identificado.

FONTE : e-biografias.net

segunda-feira, 31 de março de 2014

Anjinhos - Casimiro Cunha

ANJINHOS



Ó mães que chorais na vida

Os vossos ternos anjinhos,

Que quais meigos passarinhos

Cindiram o espaço azul,

Deixando-vos sem conforto,

O peito dilacerado,

O coração desolado,

A alma tristonha e exul,





Reconhecei que na Terra

Só se conhecem as dores,

Os prantos, os amargores,

As frias noites sem luz;

E os vossos filhinhos ternos,

Quais centelhas luminosas,

São as flores mais formosas

Das moradas de Jesus.



São mensageiros felizes

Nas radiantes alturas,

Em meio das luzes puras,

De outras rútilas esferas,

Resplandecendo imortais

Nos espaços deslumbrantes,

Quais reflexos brilhantes

Das celinas primaveras.



Visitam os vossos lares

Como gênios protetores,

Ofertando-vos as flores

Do seu afeto eternal;

Osculam-vos ternamente,

Insuflando-vos coragem,

Ao transpordes a voragem

Do abismo negro do mal;



Alegrai-vos, pois, ao verdes

Quando partem sorridentes,

Venturosos, inocentes,

Como fúlgidos clarões;

Eles farão despertar

As alvoradas formosas,

De luzes esplendorosas

Dentro em vossos corações.

Livro -  Parnaso de Além Túmulo - Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 26 de março de 2014

DA OBSERVAÇÃO

DA OBSERVAÇÃO

 Não te irrites, por mais que te fizerem...
 Estuda, a frio, o coração alheio.
 Farás, assim, do mal que eles te querem,
 Teu mais amável e sutil recreio...

 Espelho Mágico

Mario Quintana

OBSESSÃO DO MAR OCEANO



OBSESSÃO DO MAR OCEANO

 Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
 Que vento bom sopra do Mar Oceano!
 Meu amor eu nem sei como se chama,
 Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
 Mas há vasos cobertos de conchinhas
 Sobre as mesas... e moças na janelas
 Com brincos e pulseiras de coral...
 Búzios calçando portas... caravelas
 Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
 Nisto,
 Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
 E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
 De su'alma perdida e vaga na neblina...
 Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
 Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
 Uma caixa de música
 Uma bússola
 Um mapa figurado
 Uns poemas cheios de beleza única
 De estarem inconclusos...
 Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
 E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
 Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
 Quando eu também já não tiver mais nome.

Mario Quintana

domingo, 23 de março de 2014

Se preciso - Marcelo Cavalcante

















Se preciso





Tenho um papel em branco

e, na palidez,

quero respirar os poemas,

desmentir os problemas

e morrer se preciso.



Tenho a tinta e a mão;

a tinta marcando,

a mão me movendo

e simplificando as vontades

de morrer se preciso.



Tenho anos pela frente

e a charada não foi

de todo decifrada,

à presença dos hieróglifos

ou teoremas

de precisão para a morte.



Tenho tido ásperas dores

e feito rabiscos com as cores,

e do papel me fica

uma certeza clara

como a palidez da morte.

Arco-íris - Marcelo Cavalcante

Arco-íris









Quero saber das gentes sozinhas

e fazer fluir a lei dos homens

na verdade de peitos de cal.

Quero tentar vender figurinhas numeradas

pro espetáculo dantesco

da geração do bem e domal.



Vou percorrer lugares

e ostentar diademas e outros adereços

e nem sei se alcançaria a calçada

ou a sombra do arco-íris ainda iluminada.



O arco-íris na beira do
tempo,

o tempo banindo os horizontes,

os montes velhos abandonados e sozinhos...

distantes demais.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Sobre a Vida - Guido Campos - Poesia


Sobre a Vida.


 O mundo é tao misterioso, quanto os pensamentos do ser humano.
 As vezes eu penso que tenho controle de tudo, e quando vejo as nuvens armando as chuvas, percebo que não há nada que eu possa fazer, não mudarei o curso da chuva, pois ela foi feita para naquele momento cai.
 Cabe a mim somente vivenciar isso, posso apreciar o momento ou ficar me lamentando por não ser eu o ser responsável pela vida.
 A natureza é tao bela quanto os olhos dos homens, tao pura quando o sorriso do bebe, e por quantas vezes eu deixei de comtemplar o ritmo sonoro das folhas levadas pelo vento e preferi ferir o solo com guimbas.
 Mas sabe, no fim vejo que sou tao normal, quanto tudo, e ao mesmo tempo tao complicado, como todos, e no fim caminhamos rumo a nossa jornada na qual somos fadados. Rumamos a morte, rumamos vida e seu ciclo, a infinidade da vida. Ainda ei de ver os E.U.A falando em criminosos internacionais em recompensas e então perceberei que eles se jugando donos do mundo não conseguem prender ou saber onde estão os the best do crime.
 Mais eu, sou mero mortal.
 No fim percebo que todas as propagandas tentam esconder o que somos, ou o que pelo menos penso eu ser, um ser que busca somente saber o porque me trouxeram aqui neste momento, qual é realmente minha missão...

Guido Campos

Carta que conta as contas - Poesia - Guido Campos



Carta que conta as contas.


 Tenho saudades de um tempo onde me usavam para palavras de amor levar.
 Levava eu, frases sincronizadas que ao fim mostrava uma saudade formada.

 Tenho saudades em que me usavam, para agradecer, convidar, conversar.

 Assim eu trazia:
 Perguntas?
 Respostas!
 Mentiras?
 Historias!

 Naquele tempo o transportador tinha por nome mensageiro.

 Hoje me usam, desfrutam de minha boa vontade, ai que saudade!

 Me carregaram de contas, intimações!

 já não ha emoções!

 O mensageiro virou carteiro.
 As pessoas quando me vêem, hoje entram em desespero.


 Por: Guido Campos.

Salve nosso coração. - Poesia -Guido Campos



 Deixei o tempo parar, a beira do campo.
 Onde se perde o encanto a beira do riacho.
 Sinto-me travado perante tua beleza.
 Vou apreciando teu verde e tua grandeza.
 Coração do mundo porque sofres?

 Seu silencio é suave como o cantar de teus rios.
 Pássaros, sentinelas guardam teu céu.
 Onças pintadas se confundem entre sua paisagem...

 Porque sofres coração natural?
 Será paixão ,ou abandono?

 Daquele que era para ser seu amante fiel , e hoje a trai com seus próprios desejos.

 Ó minha linda Amazônia morrendo vai pela falta de amor, torrada nos fogões dos carvoeiros, virando mobília do homem traidor.

 Que os grilhões da esperança sejam a ti clamadas, teus sonhos verdes sejam exposto ao mundo, e sobreviva a nossa existência!

 Para que como fênix somente ti renasças das cinzas e triunfe sobre a injustiça humana.

 Apaguem-se os fogões,
 Fechem-se as madeireiras,
 Quê pare o progresso agressivo,
 Para que possa bater novamente o coração do mundo.

 Salve nossas matas.


 Por: Guido Campos.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Prece de Cáritas - breve análise - Contida no Livro Ciência Cósmica - Luiz Guilherme Marques.


Este Livro estará disponível em e-book (formato epub) em breve e, poderá ser baixado gratuitamente




 PEDIDOS EM FAVOR DOS OUTROS
         "Se formos analisar literalmente o “Pai Nosso”, a “Ave Maria” e a “Prece de Francisco de Assis”, veremos que nelas não há nenhum pedido explícito em favor dos outros, todavia, na “Prece de Cáritas” sim.
         Comentaremos ligeiramente cada um dos seus tópicos:
Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade,
dai a força àquele que passa pela provação,
         As expiações, provações e missões exigem de cada Espírito muita determinação em continuar adiante, havendo momentos de insegurança e fragilidade. Chico Xavier mesmo dizia que havia dias em que parecia que iria enlouquecer. Todos, indistintamente, são submetidos ao aprendizado, conforme seu nível evolutivo, o qual apresenta lições de certa dificuldade. Por isso, devemos pedir em favor dos outros a “força” necessária para continuarem evoluindo.
dai a luz àquele que procura a verdade;
Jesus falou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, na qualidade de Médium de Deus, portanto, autorizado pelo Pai Celestial. Quem procura Jesus, na própria pessoa d’Ele ou de algum dos Seus discípulos, merece receber a luz do conhecimento espiritual. Trata-se de outro pedido em favor dos que são sinceros na procura de Deus.
ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!
         A Compaixão representa o sentimento de benevolência geral e a Caridade é mais direta no sentido de beneficiarmos os demais seres. Esses pedidos devem ser formulados em favor de todos, para que se transformem de egoístas em desapegados, de orgulhosos em humildes e de vaidosos em simples, pois, somente assim, serão felizes, realizando no Bem.

Deus, dai ao viajor a estrela guia,
         Todos são viajores da evolução, mas necessitam de uma referência, que é o próprio Divino Mestre, quanto aos habitantes da Terra. Por isso, devemos pedir a Deus que faça nascer no íntimo de cada um a noção de que Jesus é sua “estrela guia”.
ao aflito a consolação,
Jesus prometeu aliviar os aflitos, ou sejam, os que estão inquietos, sendo que o melhor remédio para acalmar as aflições é compreender que “não cai uma folha de uma árvore sem que Deus o permita” e que a Lei é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” Devemos pedir a Deus que console os aflitos fazendo-os compreender que tudo tem uma finalidade construtiva e o cumprimento dos deveres amaina as tempestades interiores e exteriores.
ao doente o repouso.
         As doenças podem ter vários significados: um em Francisco de Assis, outro no paralítico que Jesus curou e que retornou àvida de despautérios e assim por diante. Em alguns a cura pode significar a queda em um abismo mais profundo ainda, enquanto que em outro a oportunidade de servir em uma área diferente, porque a doença não impede ninguém de servir pelo pensamento. O doente em favor de quem pedimos o repouso pode fazer bom ou mau uso desse descanso, seguindo no rumo do Bem ou despencando no Mal. Todavia, devemos pedir sempre que, acima de tudo, seja feita a Vontade Augusta do Pai, que Ama a cada filho e filha Infinitamente.
Pai, dai ao culpado o arrependimento,
         Neste estudo, em que tratamos também da culpa, vem a propósito este tópico da “Prece de Cáritas”: “Pai, dai ao culpado o arrependimento.” Depois de arrepender-se deve confessar suas culpas, da melhor forma que conseguir, como estudamos no item 1, e, por fim, trabalhar no Bem, para pacificar sua consciência e contribuir para a evolução dos outros.
A respeito da profundidade do arrependimento Montaigne dizia: “... para que haja arrependimento, a meu ver, é preciso que nada lhe escape, que atinja as entranhas e que magoe até onde penetra o olhar de Deus.” Ele queria dizer que deve ser profundo e abrangente de todas as facetas da situação que criamos com nossa conduta, representada pela atuação mental ou material. Atentemos para este detalhe, sob pena de não conseguirmos realmente “sarar”, ou seja, evoluir.
ao espírito a verdade,
         Todo Espírito precisa da Verdade, que é Deus, através de Jesus, que é o Caminho para chegarmos ao Pai Celestial.
à criança o guia,
         Toda criança precisa de quem dela cuide e oriente, sobretudo pela exemplificação no Bem, muito mais do que pela mera instrução escolar e encaminhamento para o exercício de uma profissão na idade adulta.
e ao órfão o pai!
         Podemos ser pais ou mães dos filhos e filhas dos outros, pois o parentesco físico não é o mais importante e sim o Amor Universal, que deve repletar o nosso coração. Devemos pedir a Deus que faça nascer no coração de cada um o Amor Universal.
Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes.
         Não devemos pedir em favor apenas dos seres humanos, mas de todos os seres, que Deus criou, desde aqueles que se iniciam na escalada evolutiva até os mais evoluídos, pois a interdependência de todos os seres é total, conforme estabeleceu o Pai, visando a prática do Amor Universal entre todos os Seus filhos e filhas.
Piedade, Senhor,para aqueles que vos não conhecem,
         Os homens e mulheres que procuram ignorar a existência do Pai merecem piedade, pois recusam-se a querer a aproximação de quem mais os Ama, que é Deus, que os criou e sustenta com Seu Pensamento e que, se deixasse de Pensar em qualquer das Suas criaturas, ela simplesmente deixaria de existir a partir daquele momento.
 esperança para aqueles que sofrem.
         Um coração sem esperança é o caminho mais curto para os vícios, o suicídio e o crime. Devemos contribuir para que as pessoas tenham esperança na solução dos seus problemas, caso lhes seja benéfica à própria evolução. Nem sempre a solução melhor para um ser humano é aquela que ele imagina, pois há casos em que os sofrimentos representam a verdadeira prevenção de males maiores. Devemos pedir a Deus que faça cada um compreender o que é melhor para o seu progresso como Espírito imortal.
Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem, por toda a parte, a paz,
         Os Espíritos consoladores são os discípulos de Jesus, que, espalhados por toda a Terra, ensinam, sobretudo através do exemplo, a prática do Bem: eles mostram como é viver bem, ou seja, mesmo no meio das dificuldades mais pungentes, sempre visar o Bem. Assim, vivem em paz e ensinam a Paz.
a esperança
         Os missionários de Jesus transmitem a esperança, porque mostram que todo ser humano pode ser feliz, bastando proceder no Bem.
e, a fé.
         Eles também induzem todos à fé em si próprios, nos demais seres humanos e em Deus: sua vida é um incentivo à fé no Bem.
Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nasfontes dessa Bondade fecunda e infinita.
         Bebendo nas “fontes dessa Bondade fecunda e infinita”, todos igualmente aprenderão a ser generosos. Note-se que Jesus recusou o qualificativo de Bom, dizendo que apenas Deus o é: aqui encontramos uma referência à Bondade “fecunda”, ou seja, produtiva, e “infinita”, ou seja, inesgotável em benefícios.
e todas as lágrimas secarão,
         Tornando-nos generosos, nossas lágrimas secarão, porque cuidaremos das dores alheias, ao invés de concentrarmos nossa atenção nos problemas muitas vezes insignificantes ou, até, imaginários, que nos apoquentam quando somos egoístas.
todas as dores se acalmarão.
Confiantes em Deus, as dores ganharão uma justificativa e passaremos a aceitá-las como degraus para o nosso progresso intelectual e moral. 
E um só coração, um só pensamento, subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de Amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!,
e queremos, de alguma sorte, merecer a Vossa Divina Misericórdia.
         São palavras de louvor a Deus e fé na Sua Bondade.
Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós;
         Neste tópico o pedido é em nosso favor, ou seja, “a força para ajudar o progresso”, “a fim de subirmos até Deus”. Esse pedido deve ser estendido aos nossos irmãos e irmãs em humanidade, a fim de que ajudem o progresso geral.
dai-nos a caridade pura,
Outro pedido em nosso favor é o ajudar-nos a adquirir a “Caridade pura”, ou seja, sem “a mão direita saber o que faz a esquerda”. Devemos pedir a Deus que também instile nos corações a “Caridade pura”.
dai-nos a fé e a razão;
         A fé e a razão aparentemente se contrapõem, mas, na verdade, Allan Kardec considerou a irmandade das duas na seguinte afirmação: “Não há inabalável senão aquela capaz de enfrentar a razão face a face em qualquer época da humanidade”.
Devemos pedir a Deus nos dê a fé e a razão na mesma proporção, o mesmo fazendo em favor dos outros.
dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.
         É interessante ressaltarmos que a simplicidade foi colocada no ápice das virtudes, pois somente ela nos permite refletir a Perfeição Divina. Não se trata da ingenuidade ou do descaso com o auto aprimoramento intelecto-moral, mas o abandono das vaidades, do desejo de projeção, de evidência sem utilidade para o bem comum.
         A simplicidade é a virtude contrária à vaidade, induzindo-nos a procurar realce apenas quando necessário a “colocar a candeia sobre o candeeiro, a fim de que dê luz a todos os que estão na casa.”