Uma morte numa briga, resultante
de uma discussão trivial, desencadeia uma rede interminável de vinganças
envolvendo duas famílias tradicionais do sertão cearense. Um crescente de
violência deságua em paroxismo e as ações fogem ao controle das partes que
perseveram por mais de vinte anos numa guerra insana, pontilhada de
perversidades e atos corajosos e generosos. A motivação de tudo são os
sentimentos da honra e as ligações de sangue.
Independente de tal rixa,
perpetuada nas mentes dos envolvidos, ensejar a decadência das famílias, estas
perseveram numa intolerância que em muito supera a razoabilidade e a prudência
humanas.
O coroamento da tragédia se dá
quando, neste panorama assombroso, surge a figura mística de Leoldo que retorna
ao seio da família após anos de sumiço sem notícias. Através de ações
místico-religiosas, ideias manipuladas consoante o seu entendimento, o homem
santo aparentemente conjura finalmente, através de violência inaudita, a
sucessão de mortes por força de atos vingativos.
Apesar da paz aparente, anos
depois se desvela um personagem que busca recompor a justiça, através de uma
vingança definitiva, efetivando a extinção física de pessoas que possam dar
continuidade a aquele processo, pois que, para ele, inexistem laços de honra ou
de sangue.