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sábado, 18 de maio de 2013

DIADEMAS - Música - Marcelo Cavalcante, Paulo Maia e César Ceará. - Cantingários



Escrevi a letra de Diademas aos 15 anos e o mano, Paulo Maia, fez a música uns cinco anos depois. Por algum motivo, não entreguei a letra inteira e a canção ficou pelas metades. Só recentemente o César Ceará musicou uma terceira parte. Confesso que a dificuldade maior foi depenar a letra quilométrica, grávida de estrofes e estrepolias verbais.
Hoje me espanto com o poema que escrevi, tão em dessincronia com a minha idade, com os meus parcos conhecimentos e minhas ralas experiências.
A decisão de gravar essa música passou pela eterna dúvida quando se faz as escolhas, pois a vontade é registrar todas em estúdio, com um som decente e músicos geniais. Talvez Diademas tenha sido escolhida em função de alguma nostalgia recôndita, de uma ponta de saudade de um tempo em que a juventude gritava paz e amor e o mundo achava normal a existência de gnomos.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

PERVERSOS MANDAM FLORES - Marco Alcane - Romance Policial




Dores do Turvo é uma pequena cidade do interior mineiro onde os crimes em geral são de pouca importância e periculosidade, os assassinatos são raros e estupros ainda não tinham sido registrados. A notícia do estupro, seguido de morte, de Anabela, uma menina de nove anos, abalou a pequena cidade. Os poucos recursos, técnicos e de pessoal especializado, prenunciavam a não elucidação do crime hediondo. Por conta de amizade antiga e por ser padrinho da inocente vítima, André Emmer, vai para a cidadezinha investigar, apesar de se encontrar em crise de depressão.

Depoimento de Marcelo Cavalcante sobre “Como embalar o sonho”, música de sua autoria com César Ceará.



“Há uma epidemia da palavra amor nas canções populares e este fato poderia vir a ser uma coisa benfazeja, não fossem algumas questões que quedam contraditórias. Em verdade a quase maioria das letras que falam de amor se referem ao amor carnal e romântico, ou seja, elas suscitam o apelo sexual ou um amor ideado. Neste último caso, um amor a ser fruído apenas por pessoas bonitas, bem nascidas e afogadas de puros sentimentos. Escutando canções com tais conteúdos, fica impossível imaginar um casal de mendigos ou de leprosos se amando ou mesmo namorando num banco de praça. Por que não teriam estes deserdados da sorte acesso (e direito) ao amor? A resposta é simples: claro que todos têm esse direito, exceto no mundo construído pela cultura popular que vai conformando uma ideologia de mundo que embute a segregação. Acredito que o uso abusivo da palavra amor, apenas para achar uma rima fácil ou para ganhar mais dinheiro, emporcalha a própria palavra, joga-a na vala comum dos dessentimentos. Pior ainda, quando o seu autor não tem nenhum compromisso com o que diz ou escreve, exceto quando afirma na canção que vai cobrir o seu amor de porradas.
A verdade é que inexistem os tradicionais artistas populares, mas sim uns “artistas” que conseguem entrar nos esquemas privilegiados que os tornam ídolos instantâneos e que enriquecem da noite para o dia, no ofício patético de repetir os estilemas preferidos das mediocridades. Estes “artistas” não possuem fala nem sentimento social, apenas seus desejos pessoais de se dar bem. Já faz tempo que não sinto sinceridade nos versos desse povinho mofino, um mínimo de preocupação com os destinos deste país sem juízo ou com a vida do povo. Povo de verdade, uma maioria silenciosa e silenciada (manipulada) pelo poder ou pelo convencimento (mídia), que não sabe o que é viver decentemente, mas que deseja sinceramente que os seus ídolos (mesmo os BBBs da vida) sejam felizes ou que o Flamengo ganhe o campeonato. Em sua vã ingenuidade, o povo idealiza que estes ídolos são legais, generosos e muito chegados a ele...
Pela vida escrevi mais de mil músicas e deve ser pelas razões acima que a palavra amor aparece umas seis vezes, três das quais nesta canção de crítica à banalização da palavra amor. Neste cenário perverso, sinto constrangimento em lançar mão de uma palavra que é bonita e que representa uma possibilidade de vida decente entre os seres, sinto não conseguir preenchê-la de conteúdo legítimo e evitar usá-la como camuflagem para as nossas misérias, as nossas fomes e as injustiças que se multiplicam cotidianamente.
É isso e espero que a secura acima exposta, possa um dia ser entendida como o que verdadeiramente representa a palavra amor.

Como embalar um sonho?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

"As Mambas dormem ao Amanhecer" - Escritor - Marco Alcane- Romance Policial




Numa festa de aniversário num subúrbio do Rio, vários convidados, em sua maioria crianças, baixam hospital por conta de envenenamento. Entre as quatro vítimas fatais, encontra-se a sobrinha de André Emmer, que incontinenti abrevia a sua estadia em Fernando de Noronha, onde participava de um curso de mergulho. Num levantamento inicial, Emmer não encontra motivação para o crime nem potenciais suspeitos, mas encontra o fio da meada observando um corriqueiro acontecimento nas imediações da casa onde a festa foi realizada.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

"PIPAS NO AR"- Música - Marcelo Cavalcante / César Ceará


vai, companheiro de vida, vai / leva a certeza tão clara
de quem tão bem brinca e cai / no frescor dessa água,
no ardor da corrida / de quem busca pipas no ar
deixa a saudade no tempo / criando nuvens ensinadas
quase nada ao vento / tendo tudo no nada
como voz de alento / pra nos celebrar

paz, nos ensina a calma da paz / que desaprendo na luta
e não desdobra filho em pai / nem amansa a morte bruta
no sabor da partida / de quem busca pipas no ar
reza uma estrofe linda / de companhia breve
de melodia finda / de quebranto leve
nas dobras que ainda / vêm nos relembrar

vai, companheiro de vida em paz / vai, nas pipas da paz


http://www.youtube.com/user/AntonioGue100

DESACORDO - In. SOMBRAS - Escritor Marcelo Cavalcante






Deixo a descoberto os crimes,
meus pecados lavam os acertos.
Deixo camuflados meu credo,
minha serra ideológica
e minha parcela de dor em cada paixão
ou cela suada do interior.
Deixo herança de sangue,
desminto a descendência,
estrangulo impulsos, os berros, as taras,
as cismas, os animais deste curral
delimitado por linhas.
Deixo certeza de percorrer meus males,
me equilibrando solene e precário
na linha equatorial
que delimita,
que limita,
que anula os impulsos, os berros, os erros
e os animais
que pastam (não menos solenes)
                          suas paralelas e meus gráficos.

OS DONOS E OS MORTOS - In - Sombras- Escritor Marcelo Cavalcante





Eu quero largar
um porre imenso
nas ruas da cidade;
no íntimo dos inimigos
semear o pânico,
e visitar os parentes
ainda vivos
nos túmulos.
Quero granjear
a simpatia do diabo
que joga xadrez,
pacientemente,
entre o céu e o chão
em cio desesperado.
Eu quero afogar
a lágrima da mulher
que definha paixão
nas suas fraquezas,
nas suas indecisões
e nos seus anseios frágeis.
Quero beber
a sujeira dos corpos para
(na posteridade)
poder vomitar as porcarias do pensamento.

DENTRO DO ESPELHO - In. SOMBRAS - Escritor Marcelo Cavalcante





Eu tenho pressa em cansar estas estradas
e saturar estas promessas esquisitas
de escandir modernamente
                este poema ultrapassado.

Eu tenho muitos grilos e poucos traumas,
muita fala e um verbo resumido
e uma distância voluntária destas realidades
que se debruçam sobre o cotidiano.

Tenho dons negativos e sorrisos acusativos
e me sobram saídas e razões
para temer a imagem dentro do espelho,
que mira e disseca
as minhas fraquezas secretas,
as minhas fraquezas descobertas,
a minha força de areia,
a minha fibra de fuga e os meus desalentos.

terça-feira, 14 de maio de 2013

CHAPEUZINHO VERMELHO NÃO ATRAVESSA BECOS- Marco Alcane - Romance policial




O sequestro e morte da estudante Mirella Alencar, filha única de rica e tradicional família do Rio de Janeiro, tem uma rápida e eficiente ação da polícia que, em poucos dias de investigação, soluciona o crime prendendo os integrantes da quadrilha de sequestradores. O caso encerrado não convence a André Emmer que passa a investigar sob outra perspectiva. Não imaginavam as autoridades que aqueles acontecimentos não eram tão simples quanto aparentavam e encobriam fatos surpreendentes.

SUAVE COMO UMA NAVALHA - Marco Alcane - Romance policial



Sucessivos assassinatos na região central da cidade – zona de meretrício – tendo como vítimas travestis, indicam o surgimento de um assassino em série. Idêntico modus operandi é encontrado nas cenas, sendo as vítimas encontradas amarradas com fios elétricos, desfigurados nas faces e com a genitália extirpada. Em cada uma dessas cenas, como uma assinatura do feito, é encontrada uma navalha enterrada no ânus da vítima. Sob a iminência de novos crimes e sem progressos nas investigações, Emmer resolve intervir no caso e vai de encontro ao mais perigoso dos marginais que encontrou em toda a sua vida de delegado e investigador informal.

Quando a boca entorta o cachimbo - Autor - Marco Alcane - Gênero Policial - Sinopse.



Inocêncio Dantas é usineiro, patriarca de família tradicional e com conceitos rígidos tanto de moralidade quanto de mandonismo. Tem fama de homem violento, sem escrúpulos quando a sua autoridade é questionada. Boatos, já incorporados à memória popular, dão conta de que encomendou surras e mortes contra seus desafetos. Walcyr Dantas, seu primogênito, reside num confortável duplex à beira da praia de Ipanema, enquanto estuda Direito e desfruta as benesses do poder e do dinheiro. O corpo de uma prostituta é encontrado no iate do rapaz e a polícia conclui que a causa mortis foi uma overdose de cocaína. Uma dívida de gratidão leva André Emmer a aprofundar as investigações.


As Borboletas Morrem em Paz- Autor - Marco Alcane - Gênero Policial - Sinopse.



BORBOLETAS MORREM EM PAZ
A brevidade de uma vida não significa que ela seja inútil. Assim como as borboletas, crianças recém-nascidas morrem em maternidades cotidianamente, posto que seres frágeis. Este fato deixa de ser natural quando, imbuídos de uma convicção eugenista e servindo à causa eficiente do mundo moderno, profissionais da obstetrícia e da enfermagem, escudados nas suas profissões, passam a praticar a eutanásia seletiva. Desconfiando que tal processo de assepsia social vem ocorrendo numa maternidade pública, André Emmer passa a investigar e acaba se defrontando com uma organização de arautos da boa morte que intentam expandir suas ideias e práticas por todo o país.

Livros - Escritor - Marco Alcane


Comunidade Editora AMC Guedes

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Escreveu? Publique!





Quer publicar o seu livro? Como fazer? Qual o custo?

Qualquer pessoa pode editar o seu livro.
Você escreveu ou escreve textos que ficam na gaveta?
A hora é de transformá-los em livro e isto talvez seja mais fácil do que imagina.
Hoje em dia a publicação em pequenas tiragens a baixo preço é uma realidade.
Nos envie o seu texto que fazemos (sem custos ou compromissos) uma pré-diagramação da sua obra e um orçamento que engloba todas as etapas necessárias para a publicação profissional de um livro.












Entre em contato: editora@editora-amcguedes.com.br


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"Arremedos" - In - Sombras - Escritor Marcelo Cavalcante




ARREMEDOS

Já fui jovem, tive meus sonhos,
minhas manias (no muito inofensivas)
que voaram nas asas da realidade.

Tive meus castelos, meus reinos,
minhas riquezas (ouro, púrpura, diamantes)
e as desfiz num jogo de cotidiano áspero.

Tive eternas férias, livros raros,
mestres lúcidos, sábios amigos e leais
que a boca da distância engoliu.

Criei meus amores, minhas rusgas,
minha ideologias, meus mitos íntimos
que se perderam na roda da sorte bêbada.

Que riso é este?
Eu digo: é o meu corpo jogado
neste desespero de vida
que mais parece
arremedo e arreganho.