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quinta-feira, 20 de junho de 2013

CORPO

In. CD Maias e Cavalcantes
CORPO
Marcelo Cavalcante
Marcelo Maia
Paulo Maia

Mulher, aproxima de mim esse corpo,
aproxima de mim a verdade,
uma outra verdade menos morta.
Sem receios ou variedades
eu quero é poder ser feliz
antes que o mundo se afogue no meu tédio

Amor, anima em mim esse gosto,
recrimina em nós a idade,
não negue o abrir destas portas;
num recreio por toda a cidade,
espero não ser mais atriz
neste fundo de iogue e monastério.

Mulher, aproxima de mim esse rosto,
aproxima de nós o espanto,
afasta de nós esses prédios,
que de tanto provar o cansaço
eu quero poder é dar fim
a esse meu corpo magro e acabado.

Amor, ilumina em mim esse fogo,
alucina este verso em branco,
arrasta a dor desses velhos,
que espero morrer nos seus braços,
num resto de amor sobre mim
ter o corpo em sal devorado.

Mulher, aproxima de mim esses lábios,
faz da rima em nós o sorriso,
afasta de nós o escárnio.
E não me traga de volta à estrada,
caminhada de longo cansaço
que me devolve frio e mastigado.

Amor, patrocina em mim um presságio,
alucina a vez que preciso,
desgasta a dor dos naufrágios.
E como paga por tanto embaraço
me faça rainha e aos pedaços
me envolva num rio de pecados.

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