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sábado, 25 de maio de 2013

QUEM SÃO ESSES CARAS?

quem são estes guerreiros tão modernos / que inventam truques e histerias / frequentam invernos estrangeiros / vestem ternos e quinquilharias? / quem são estes líderes vendidos / que fomentam medos e heresias / que alimentam falas escondidas / arremedos de alegorias? / é que o mundo se perdeu / rodou a roda da fortuna / se encheu de moda inútil / e de alegria iracunda / quem são os donos de terras e mares / que urdem tramas e fantasias / que invadem lares com a ladainha / antiga pra vida, pro dia-a-dia? / quem são estes caras debochados / que em desabrida folia / riem da dor dos dentes cariados / dos outros, da melancolia? / é que o mundo ensandeceu / embelezou iates e dunas / ganhou o rumo do fútil / em troca de panças rotundas. / quem são esses parceiros insinceros / que comentam alfas e alforrias / escrevem o mundo nos canteiros / como se fosse idolatria? / quem são esses místicos passivos / que em lascívia orgia / dizem do parto e da lágrima / num teorema ou numa teoria? / é que o mundo esqueceu / que o viver é coisa profunda / muito além da grana fácil / mais que coito, peitos e bundas / quem são esses guerreiros?

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