Entre o sol e o sertão,
as cercas e os
garranchos secos
dialogam a secura
e a lonjura dentre a
terra e o infinito.
Essa lida mofina não
amaina
e se prolonga noite
adentro
dia afora.
Neste cenário
de sem sabor e calcário,
sem brincadeiras
o menino não deixa bater a porteira
antes que aconteça
e o mundo desmorone
sobre sua cabeça.
A poeira é a versão
modificada
da paisagem de aspereza
decodificada
pela ilusão vazia do
infinito
que vadia noite adentro,
afora o dia.
Os demônios, em suas
desoras,
premem a mola
que movimenta o mundo
e fazem a porteira bater
sobre as vidas
desvairadas e sem fomentos.
Entre as cercas e os
poemas
o homem se banha de
terra e infinito,
pois que se vê bendito
noite afora,
dia adentro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário