Total de visualizações de página

terça-feira, 11 de junho de 2013

RIBANCEIRA

In. CD Maias e Cavalcantes

Ribanceira

Marcelo Cavalcante / Clarisse Maia / Paulo Maia

moça na janela! / a cunhã tão bela!
chuva na cancela! / isso é coisa pra cantar?
fogo na panela! / jogo de pinguela!
moleque magrela! / abusão pra me assustar.

porque bate magoado / o meu tolo coração
dolorido, debruçado / sobre a velha equação
´sei se bate, ´sei se apanha / ou se ganha explicação
de que a vida é o encarnado / ou o calo seco em minha mão.

vai, me diga violeiro / da tristeza de cantar
tanta dor, tanto tropeço / adereço pra enfeitar
girar mundo implica um preço / tanto terço pra rezar
é ver a vida sem olhar.
quem brinca com fogueira / pode se queimar
quem desce a ladeira/ perde o lugar
quem anda de bobeira / fica a esperar
quem fala tanta besteira / é bobo e bobo será
pois quem sabe a tabuada / não esquece a canção
pontilhada de estradas / rumo à mesma solidão
firmamento, namoradas / alimentos pro refrão
dor cortante abusada / ou enganos da ilusão
e me diga companheira / pra que serve o meu cantar
se não salva alma penada / do eterno madrugar?
e aí que me reconheço / feito louco a variar,
é ver a vida sem sonhar.
quem topa brincadeira / pode se molhar
tombo na ribanceira pode à morte levar.
moça na janela! / cunhã-cunhã tão bela!
chuva na cancela! / isso é coisa pra cantar?
quem topa a brinacdeira / pode se molhar
tombo, ribanceira, podem a morte levar.
moça na janela! / a cunhã tão bela!
chuva na cancela! / que coisa é essa pra cantar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário