Total de visualizações de página

quinta-feira, 6 de junho de 2013

FLERPA NA UNHA - Marcelo Cavalcante e Paulo Maia - In. CD Maias e Cavalcantes



Se de sofrer o homem vai e inventa deus
e diz adeus a tudo que é seu, ateu até.
E diz da sorte, espera a morte,
o fim do dia, a poesia,
o arrebol e o sol que é seu.

Tonto canto, tanto querendo ser livre,
querendo ver se vive como mais ninguém.
E uma vontade de sair por aí
e não mais ser ninguém.
Espera o dom, as liberdades
e a caridade de rezar.
Sabe de cor a cantoria, o futebol e a loteria
e ateu até, até sorria de forma estranha,
pros sempre-vivas, pros perde-e-ganha,
ganhando a vida que deu adeus,
perdendo a vida que deu a deus.

Entretanto, o canto, sendo, será livre,
não sabendo sobrevive muito mais além
na necessidade de sair por aí
e não mais ser ninguém;
venera o bom, felicidade
numa saudade de sonhar
para compor a alegria, em si bemol a melodia
da noite fria que anuncia a dor tamanha
nos sempre-vivas, nos perde-e-ganha
sonhando a vida que deu a deus
vivendo a vida que deu adeus.
Que deu a deus!
Que deu adeus!

Nenhum comentário:

Postar um comentário